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sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Old & Gold - Sem palavras

Faz uns meses, eu postei aqui a ação do Bernardo e do Miguel sobre o musical Old & Gold. Eles conseguiram e hoje no 3º e último dia de apresentação eu pude conferir. E a verdade é que fiquei sem palavras para descrever o qual maravilhoso foi.
Não vou seguir nada cronológico, e vou evitar falar das músicas. Alguma eu vou ter de falar, já que marcaram. Mas não saber exatamente quais eram, acho que isso tornou tudo mais bonito, mais perfeito e mais especial.

Começando pelo fim, já no lado de fora, fui falar com Miguel. E chamei "Mr Sinatra". Não ele não 'imita' em momento algum 'A Voz'. Miguel tem personalidade ao cantar. Algo único, mas que soa familiar e confortável. Mas é dele, perto do inimitável. É como uma grande paz, uma bela constante nas ondas sonoras. Eu o chamei assim, pelo Show Man que ele provou ser. Pelo poder que com simplicidade ele exerceu sobre o palco. Era difícil desviar o olhar quando ele estava cantando. Você se sente maravilhado com tudo aquilo que está vendo e ouvindo. E com tudo isso também o que está sentindo. Mas eu acho que também o chamei assim como uma tentativa de demonstrar o quanto eu fiquei maravilhado com tudo.

Como disse Miguel é Miguel em 97,5% do show. Os 2,5% restante são uma pequena homenagem em La Vie En Rose que do começo ao fim me fez DE VERDADE ficar de boca aberta. Entendam eu sou meio metido a cantar, sei das minhas limitações, mesmo já tendo sido elogiado pelo próprio Mr. Toscano de quem estamos rasgando seda (com merecimento). Mas se tem uma coisa que tenho fascínio pela dificuldade inclusive minha de pronunciar qualquer frase ou palavra, são as músicas em francês. Lindas, suavidade apaixonante e ele passa isso. E a pequena homenagem, eu prefiro não comentar pra não estragar caso aqueles que estão lendo tenham o prazer que eu tive ao assistir.

Outro momento que tenho de falar é quando ele cantou Summertime. Eu já ouvi algumas versões dela. E nenhuma ficou tão bela, tão emocionante, tão perfeita quanto a de Miguel. Foi divina. Eu posso ser massacrado por isso, mas Janis Joplin não conseguiu me passar o que ele passou.

Mas a peça em si? Ela é tocante. Me limitarei a dizer que ela faz uma pergunta sobre o amor, e com uma sutiliza que acho que nunca vi, vai nos dando as respostas pela emoção das músicas. A resposta a pergunta que é feita, é você quem deve responder.

A grandiosidade me faz ter de falar de Dugin. Desculpem eu passei uma vida o chamando assim, é complicado o chamar só de Bernardo. Eu conheço a figura. E da pra perceber o toque meio megalomaníaco dele, que é algo que faz você esquecer onde você mesmo está. Não entendeu? Bom alguns momentos perdido entre projeções e músicas eu esquecia que estava no teatro. Eu me sentia dentro da situação. Eu sentia como se estivesse completamente sozinho. Isso só era levemente levado embora quando eu me juntava ao teatro lotado para aplaudir cada música. As luzes as cores, os movimentos. Ele sabe tudo o que está fazendo. Muito orgulho de ter divido o palco e ter sido aluno dele.

Banda, orquestra e coral ao vivo. Acho que isso contribuiu pra me sentir tão vivo, tão dentro de todo o espetáculo. Mas eu preciso citar um conhecido: Victor Ludolf tocando aquele mesmo violão que ele nos ajudou a carregar pra contar as músicas e a literatura de Tom Jobim. Ele é simplesmente fantástico.

Ainda tem um revival de um momento que talvez só alguns saibam, mas acredito que grande maioria conhecia. Um momento de curtir mesmo. 60's rules.

No mais fica o prazer de ter estado lá, visto esse verdadeiro show, espetáculo, obra de arte.
Fica o pedido pra se lançarem CD, DVD, BluRay... Vale muito a pena.

Mas o que eu espero é que eu tenha passado o que na frente dos meus dois amigos eu não encontrei palavras para descrever o quão foi incrível esse momento lindo.

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